quarta-feira, 26 de novembro de 2008

(...)

É quando para de enfeitar tudo que a entorna que ela sente uma enorme falta de ar, pois percebe o seu verdadeiro estado cárcere, presa a ilusões estrategicamente criadas para manter suas esperanças infundadas no plano real, e que tudo faz parte de um grande devaneio seu.

Na verdade, ela nem ao menos se entende completamente, e isto já diz muito. Talvez porque ela não consiga parar de sonhar, e de tanto querer tornar sonhos realidade, de tanto buscar e não encontrar, prefira viver de distrações, pensando estar certa quando tudo indica que continua incidindo nos mesmos erros de sempre. Então ela prefere fugir, mesmo sabendo isto é a sua maior perdição.

Mas, no fundo, ela sabe onde vai chegar. Ah, ela sabe... E, o mais importante: sabe que vai retomar o seu ar e, então, irá parar com toda esta farsa planejada por ela mesma, transformando a angústia latente em sorrisos despretensiosos. Sem mais ter que esperar por pelo menos um lapso de lembrança alheio ou qualquer coisa que comprove que nada é em vão. Isto porque ela não quer mais depositar nada em ninguém. E, mesmo perdida em sua ignorância momentânea, ela sempre continuou consciente de muitas coisas, como o seu perfume predileto, a bebida que mais agrada seu paladar, o momento em que se apaixonou e a hora de entender os sinais.

Sinais. Isto mesmo. São muitos. E ela não está ficando louca.

Ela só precisa encontrar uma verdade para si que combine com suas perguntas. E com todos estes sinais.

Eu só espero que tudo continue dando muito certo. E nada volte a ser como antes.



Não se afobe, não, Amanda.. Que nada é pra já !

Nenhum comentário: